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Como conduzir a sucessão na empresa familiar?

Nos últimos anos tenho lidado com pequenas e médias empresas brasileiras com 30 – 40 anos de existência, em que o fundador está na casa dos 70 anos, e ainda não se sente confortável em fazer a sucessão para os filhos, por um destes desafios: 

  • os filhos não estão prontos; 
  • os filhos não se interessam em permanecer no negócio como está; 
  • os filhos pensam radicalmente diferente sobre a direção/ condução do negócio;
  • não há abertura para contratar um gestor profissional, fora da família;
  • não há abertura sobre a possibilidade de vender o negócio.

A consequência direta deste cenário é que a empresa perde o seu senso de continuidade e de visão de futuro, que é percebida por todos os funcionários, mesmo que não seja verbalizado. 

De fato, os desafios são sensíveis, pois não se trata apenas de um negócio, mas de tudo o que ele representa simbolicamente, que em essência, é a realização do sonho do fundador: 

  • nascimento da empresa, 
  • crescimento, expansão e 
  • sucessão para os filhos.

E abrir mão deste sonho, é sempre muito penoso. 

Colocando de lado os aspectos emocionais do fundador, como a frustração, tristeza, raiva, desapontamento – que talvez precisam ser endereçados com seu psicólogo – trago a boa notícia, de que é  possível fazer este processo sucessório com mais leveza e profissionalismo.

Mas antes de falar da solução (apresentado ao final), vamos entender um pouco do contexto.

 

A força da empresa familiar no Brasil

No Brasil, as empresas familiares geram 65% do PIB, empregam 75% da força de trabalho e representam 90% dos empreendimentos do Brasil (Sebrae e IBGE 2018). É espantoso notar o pouco – para dizer nenhum – amparo que o governo dá, através do Sebrae, Senai, Sesc, às empresas quando estão nesta fase da sucessão familiar. 

empresa-familiar-no-brasil

“Pai Rico, Filho Nobre, Neto Pobre” | Desmistificando a regra das três gerações:

Você com certeza já ouviu falar na expressão: “pai rico, filho nobre e neto pobre”, não é mesmo? Trago ótimas noticias! Não é bem assim, vamos entender:

Foi realizado um estudo na década de 80 sobre empresas de manufatura em Illinois, EUA, e que é a base para a famosa e infame regra das três gerações, bem como da maioria dos fatos citados sobre a longevidade das empresas familiares.

Os pesquisadores coletaram amostras de empresas e as agruparam em períodos de 30 anos para estimar a quantidade das gerações e estudar a longevidade e fatores de sucesso. 

Quando os resultados foram divulgados, infelizmente houve uma comunicação de massa interpretando os dados de forma incorreta, o que levou até os dias de hoje, a infame regra das 3 gerações, dizendo que apenas 10% das empresas sub-existem a partir da 3a geração. 

Vamos entender os dados de forma correta: 

De acordo com este estudo, verificou-se que o percentual de empresas que sub-existem ao longo dos anos/gerações é de:

regra-das-3-tres-gerações-giselle-garau

Alerta:

Embora a maioria das empresas familiares não passem de três gerações, essa taxa de insucesso se aplica a todos os outros tipos de negócios. 

Fazer uma empresa durar décadas é um grande feito. E não há nenhuma evidência que sugira que as companhias familiares sejam mais frágeis do que outros tipos de empreendimentos. 

Na verdade, na maioria das listas das empresas mais duradouras do mundo, são as familiares que dominam. (conheça os Hénokiens – associação de empresas familiares bicentenária).

Vale destacar que neste estudo não há informações sobre o desaparecimento de algumas empresas. Seja por que decidiram vender seus negócios e começar um novo ou devido a disputas conflituosas que levaram à falência. 

Mais longevas - empresas familiares ou de capital aberto?

Em um outro estudo realizado com 25 mil empresas de capital aberto entre 1950 e 2009 descobriu-se que em média elas duram até 15 anos, ou nem mesmo uma geração.

Os dados acima podem ser interpretados de outra forma: fazer um bom negócio durar décadas é difícil e, para as empresas de capital aberto está ficando cada vez mais complicado. 

Os estudos não indicam que empresas familiares sofram essencialmente com taxas de sobrevivência cruéis. Na verdade, os dados sugerem que as empresas familiares  costumam durar muito mais do que as de capital aberto.

Características das empresas familiares de sucesso

Vamos dar uma olhada no que as empresas familiares mais bem sucedidas possuem de características em comum:

  1. Curiosidade: empresas familiares de sucesso são lideradas por eternos aprendizes. esses líderes fazem  perguntas em vez de presumir que já sabem todas as respostas. estão sempre explorando o que os outros estão fazendo e buscando novas ideias.
  2. Trabalho em Equipe: Empresas familiares eficazes sabem que manter o bom funcionamento dos negócios exige um esforço constante. Elas identificam problemas emergentes, não têm medo de conversar sobre assuntos complicados, fazem escolhas difíceis – e reconhecem a importância de fazer tudo isso juntos.
  3. Adaptabilidade: Elas abraçam os desafios que surgem e estão dispostas a mudar para enfrentá-los. reconhecem que, só porque algo funcionou excepcionalmente até o momento, nada garante que continuará funcionando.

Desenhando o futuro

As empresas familiares podem representar tanto o melhor quanto o pior da gestão. 

No melhor cenário, elas investem no longo prazo, contribuindo para a sua comunidade e no crescimento conjuntos. No pior, como costumam ser retratadas pela mídia, as empresas familiares são atormentadas por conflitos terríveis, destruição de patrimônio, desemprego em massa e as relações familiares em frangalhos.

Para que uma empresa familiar continue com seu legado duradouro e que seja algo bom para os membros da família – propósito e orgulho de pertencer (mesmo sendo impossível agradar a todos), é necessário:

  1. Identificar o tipo de empresa familiar e determinar se ela precisa mudar para prosperar
  2. Construir estruturas e processos de governança necessários para tomar boas decisões
  3. Desenvolver uma estratégia para os acionistas que estabeleça o sucesso da sua empresa
  4. Criar uma abordagem de comunicação que ajude a promover os relacionamentos de confiança dos quais sua empresa depende para prosperar
  5. Estabelecer um plano de sucessão para a empresa a fim de preparar a próxima geração para o sucesso e não o conflito.

Giselle, como você pode me ajudar a fazer a sucessão e governança familiar?

A preparação para sucessão e demais questões de governança, podem ser feitos pelo próprio fundador. No entanto, é muito difícil para a família empresária separar o profissional do pessoal, de forma que isso não comprometa as relações pessoais. 

Muitas empresas optam por contratar uma consultoria especializada que atue muitas vezes como um mediador, trazendo técnicas e ferramentas, facilitando as discussões e minimizando os conflitos e com isso, preservando os familiares, ao reduzir a exposição e a corrosão dos relacionamentos mais sagrados, que é a própria justificativa da empresa existir! 

Nossa diretora, Giselle Garau, está pronta para apoiar a sua empresa nesta jornada de consolidação e profissionalização da governança familiar. Giselle foi executiva de RH em multinacionais centenárias, brasileira e holandesa, e está habilitada a ajudar o seu negócio a perenizar. 

Com uma abordagem humana e respeitosa, porém técnica, Giselle Garau trará ferramentas e métodos para apoiar o fundador/diretoria, a estruturar a empresa a fazer as mudanças necessárias na governança hoje, para que possam conduzir a transição sucessória com mais leveza e profissionalismo.

Entre em contato conosco e pergunte-nos como podemos te ajudar.

Vá mais longe, brilhe e transcenda!

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Olá! Eu sou Giselle Garau. 

Meu propósito de vida é INSPIRAR e APOIAR pessoas e empresas, para ativarem o protagonismo  para atingir resultados extraordinários, em suas  carreiras e vidas.

Sou Administradora , com MBA Executivo Internacional e 20+ anos de experiência em Gestão Estratégica de Recursos Humanos, trabalhando na Índia, EUA e Brasil.

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Carreira

Be Ready to Surf the 4.0 Wave

At the dawn of the 4th Industrial Revolution, those who prepare themselves and step up for the future jobs, will surf the 4.0 wave.

31 de March de 2022
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